Claudio Paiva – O colecionador de linhas
A exposição Claudio Paiva – O colecionador de linhas apresenta, pela primeira vez ao público, o corpus da sua obra. Foram selecionados trabalhos dos diversos momentos de sua trajetória — dos anos 60 até seu falecimento em 2011.
Claudio Paiva participou de um importante momento da arte brasileira, ao lado Cildo Meireles, Umberto Costa Barros, Antonio Manuel, Artur Barrio, Luiz Alphonsus entre outros. Mesmo com a produção ininterrupta desde seu surgimento, seu trabalho, entretanto, tem sido esporadicamente mostrado. Desde o final dos anos 60, estabelece seu campo de criação visual através da articulação de três esferas: o desenho, a palavra e o objeto.
Serão apresentados mais de 200 obras entre desenhos com suportes e técnicas variadas, instalações e videos, entre eles uma série de entrevistas inéditas com depoimentos sobre Claudio Paiva, lembranças afetivas por parte dos amigos que lhe acompanharam ao longo de sua vida.
Para o artista desenho é um projeto em si:
“Há um pacto entre os meios, entre a linha e a cor; se por um lado, o desenho quer ser cor, quer ser pintura; por outro lado o desenho não quer ser nada além da linha.” (PAIVA, Claudio, Niterói, 2001).
“A relação entre a palavra e o desenho cria uma nova imagem onde os papeis de deslocam. A palavra participa da elaboração da imagem e a imagem pretende desenhar a palavra: Desenho de uma palavra, é também o título de um de seus desenhos. Cria-se, então, um espaço topológico entre palavra e imagem, configuração de um singular espaço poético.” (BOMPUIS, Catherine, Rio de Janeiro, 2002, Catálogo da Exposição Armadilha para tempestade, pag. 2).
Desde o inicio de sua produção, Claudio realizou também diversas instalações, que posteriormente se transformaram em instalações de bolso. Cordões, velas, caixas de fósforo, fazem lembrar, de uma maneira leve, lúcida, e que é ainda possível a tudo transgredir, tudo renomear e recolocar instantaneamente com nada ou quase nada. Esses objetos híbridos: O descanso do paralelepípedo, O Colecionador de nada, Guerra fria, Lúcifer, O principio do prazer, formam uma coleção de pequenos paradoxos.
Curadoria: Evandro Salles e Catherine Bompuis.
Comentários Recentes
Ambiente discontraido e muito agradavel. Comida com sabor especial. Valeu, voltarei mais vezes para
Comemos um prato chamado "Leitão assado à bairrada", muito farto especificação técnica do cardápio p
É um lugar realmente impressionante. Muito cuidado com a decoração e qualidade nas roupas de cama e
Arte de altíssimo nível. Acarinha a alma.